A educação continuava no lar e ficava a
encargo dos pais. Durante as noites longas de inverno as crianças
exercitavam-se em leitura, caligrafia e contas. Quando maiores, as crianças
realizavam trabalhos manuais para se profissionalizarem e alcançarem a
emancipação.
As filhas aprendiam a fiar os fios de cânhamo*
e linho, a manejar os teares para preparar o pano necessário à família, sacos e
panos de eira e todo o negócio ou “Wirtschaft”. Começavam a preparar o seu
enxoval para eventual casamento. O enxoval constava tanto de peças de roupa de cama,
tantas peças de vestuário e mais uns panos de louça e parede, com o que
mostrava a sua capacidade. De 18 a 20 anos, a moça se tornava núbil, apta para
casar, se soubesse as artes domésticas, a arte culinária, a padaria e tivesse
completado o seu enxoval.
Os filhos não tinham muita folga, precisavam
se aperfeiçoar nos conhecimentos relativos ao oficio de agricultor e futuro
senhor. Eles deveriam saber lidar com todos os instrumentos da agricultura,
prepará-los e consertar os mesmos, tanto os arados, as carroças, correames para
os animais, manejar machados, a machadinha, o enxó para madeira, como outras
ferramentas necessárias para preparar as madeiras para construção e, como
marceneiros, preparar os seus móveis e apetrechos de mesa, isto é, colheres de
pau, bacias de madeira, gamelas, rolos de mesa, etc. A falta de domínio dessas
artes todas podia retardar as declaração de ser núbil, em geral aos 200 ou 22
anos.
0 comentários:
Postar um comentário