Não
chegamos, a saber, qual o real motivo, mas a vovó Louise contou que o “vovô”,
como era conhecido o Sr. Rudolf Figur, teria voltado certo dia para casa todo
nervoso e desgostoso tendo dito: “Antes de eu cometer uma asneira ou uma
injustiça, vou para a América, terra de liberdade e de progresso, onde em pouco
tempo poderei me tornar independente e um grande proprietário”. Mas qual seria
o motivo de seu nervosismo não disse. Parece que fora sorteado para o serviço militar,
que era um serviço de sete anos sem voltar para casa uma vez se quer, e também
recomendado a não receber noticias de familiares. Isto parecia ser pior do que
prisão, pois ainda estava sujeito a risco de vida nas campanhas de repressão.
Havia terminado o tempo de “Grande Privilégio” há uns 5 anos e o Imperador
Alexandre III queria introduzir a forçar a russificação de todo o território
russo. Uma das exigências era, para que os que dessem baixa tivessem dispensa
do serviço militar, que deveriam adaptar um nome russo, isto é, “nacional”,
como chamavam. Havia prenuncias de insubordinação e revolta contra as novas
medidas em todo o império russo. Talvez fosse esse o motivo principal e último
da resolução de emigrar. Mas também havia outro, não menos difícil e mais
convidativo: eram muitos os agentes de emigração contratando interessados em
procurar novas terras e bons empregos no Novo Mundo; uma vida que fosse livre e
independente e onde tivessem a ventura de um enriquecimento rápido.
Serviço
Militar: Para escapar do serviço Militar, muitos jovens saiam antes de serem
sorteados. Outros provocavam alguma ferida na perna, prensavam-se em uma
solução de sulfato de cobre, o que nunca mais deixava sará-la. Temos visto isso
no Tio-avô August Maass e em outros desses teuto-russos.
Aqui
cabe mais uma observação de que quase todos ou a totalidade dos atletas da
Polônia, Ucrânia, Lituânia (Lietuva) e da Rússia, propriamente dita, tinham a
aparência física do povo germânico e não se notando tipos físicos de magiares,
tártaros ou asiáticos. Parece que os imigrantes, para formar a “Grande Muralha”
contra os cossacos de Don e Zaparogos, no tempo de Catarina, a Grande, deixaram
a uma característica genética em parte do povo russo.
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